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domingo, 1 de novembro de 2009

Jorge Roberto apresenta mudanças para o trânsito

Jorge Roberto apresenta mudanças para o trânsito

O prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira, apresentou ontem um conjunto de projetos com mudanças no sistema rodoviário e na malha viária da cidade. As intervenções incluem a abertura de dois mergulhões, a construção de quatro terminais de ônibus e a modernização do Terminal Rodoviário João Goulart, entre outros.

Elaborado pela equipe do arquiteto Jaime Lerner, ex-governador do Paraná e ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner, que mudou o trânsito na capital paranaense, o projeto orçado em R$ 200 milhões, tem como objetivo estimular o transporte público em Niterói.

Tanto os terminais quanto os pontos de ônibus receberão passageiros em túneis de vidro. As passagens serão pagas na entrada dos túneis, à semelhança dos metrôs. Segundo o arquiteto Jaime Lerner, o objetivo é diminuir o tempo do embarque.
“Quando o passageiro paga dentro do carro, ele argumenta com o trocador, se confunde com o troco, e a fila vai se formando. São Paulo já tentou três vezes este sistema e nunca acertou porque mantinha o pagamento da forma convencional. Reduzindo o tempo de embarque, reduzimos o percurso, aumentamos o número de viagens e reduzimos a frota”, disse Lerner.

Hoje, Niterói opera com 600 ônibus. Neste projeto, a frota cairia pela metade. Destes, 47 seriam articulados (sanfona). A renovação da frota vai ser pedida, no entanto, em 2011, quando a prefeitura realiza nova licitação. O prefeito vai agora buscar recursos em Brasília e com o Governo do Estado para as intervenções. No projeto, R$ 85,4 milhões vai ser a responsabilidade do poder público e R$ 101,6 milhões, contrapartida da iniciativa privada.
“A primeira medida vai ser orçar cada etapa. Depois, vou começar a mexer politicamente. Temos hoje uma realidade que não pode ser ignorada, que é a do Comperj, da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Somos a porta de entrada para o interior do Estado. O trânsito tem que fluir. Tenho certeza que o Governo Federal vai ser sensível à demanda por mobilidade urbana”, disse o prefeito de Niterói.


Mergulhões no Centro
Boa parte do projeto visa desvincular o Centro do trânsito na Ponte Rio-Niterói. Serão abertos ‘meio-mergulhões’. Um na Avenida Marquês de Paraná, em frente ao Hospital Universitário Antônio Pedro, para acabar com o engarrafamento na entrada para a Avenida Amaral Peixoto; e outro na Avenida Feliciano Sodré, embaixo da praça da Renascença.

Será criada também uma faixa reversível na Avenida Benjamin Constant e um viaduto sobre a Avenida Jansen de Mello, com a correção do ‘balão’ feito para a entrada da ponte, bem como a abertura da Travessa Indígena. Serão implantados novos semáforos em pontos cruciais, como na saída da Ilha da Conceição; e as mãos das ruas do Ingá sofrerão mudança.

“A ponte pode parar, mas a cidade tem que continuar funcionando”, disse o presidente da Nittrans, Sérgio Marcolini.


Duas novas linhas de barcas
O projeto foi elaborado, segundo Jaime Lerner, sem levar em consideração a Linha 3 do metrô. De acordo com ele, se o metrô vier, ele vai se agregar ao sistema de BRT naturalmente. O que a cidade não poderia, para Lerner, era ficar ‘à espera’. O arquiteto pontuou, no entanto, que a linha de barcas São Gonçalo-Praça 15 tem urgência em sair do papel.
“Não podemos deixar de ter essa ligação pela baía de barcas São Gonçalo-Rio e Charitas-Botafogo. Politicamente, a população destas duas cidades tem que se impor para que o trânsito seja aliviado dessa carga”, disse Lerner.

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