


Mudança de rumo: Pricilla confraterniza com os pequenos moradores do morro,...


Única mulher no comando de uma operação daPM, a capitã Pricilla Azevedo chefia 125 homens, buscando o equilíbrio entre força e simpatia para vencer resistências, combater o tráfico e manter a paz no Morro Dona Marta, em Botafogo Os estampidos secos não têm sido ouvidos nos arredores do Morro Dona Marta. Desde 19 de dezembro, a favela de Botafogo virou laboratório para uma nova política de segurança pública. Depois de expulsar os traficantes numa operação que mesclou serviço de inteligência e combate por oito meses, a Polícia Militar do Rio de Janeiro adotou o policiamento comunitário para garantir a tranquilidade: pôs 125 homens em contato diário com os moradores, tornou a área acessível para todos os cariocas e ajudou o estado a oferecer serviços básicos. A nova ordem tem uma liderança cuja aparência é frágil como a paz no morro. Com 1,65 metro de altura e 60 quilos, a capitã Pricilla de Oliveira Azevedo, 31 anos, é a responsável pela experiência pioneira entre as 968 favelas da cidade. Há duas semanas, o governo estendeu a prática para os conjuntos do Batan, em Realengo, e Cidade de Deus, em Jacarepaguá.
A capitã foi convidada para a missão depois de passagens pelos batalhões de Itaboraí e Olaria. Esse último monitora o perigoso Complexo do Alemão. "Ela teve uma atuação destacada com comunidades em áreas conturbadas", explica o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, responsável pela escolha junto com o comando-geral da Polícia Militar. Chefe de Pricilla durante boa parte da carreira dela, o coronel Marcus Jardim, líder do Primeiro Comando de Policiamento de Área (CPA), afirma que a opção chacoalha as percepções sobre a PM. "Ela passa uma imagem diferente e eclética: é firme, mas também sabe ser parceira da população e manter um bom diálogo." Pricilla é a única mulher em função de comando operacional na corporação: outras seis ocupam cargos administrativos. Desde 1982, quando as mulheres entraram na PM, a participação feminina tem crescido. Hoje são 2 198 soldadas e oficiais em um efetivo de 37 391 policiais.
Fernando Lemos
Mudança de rumo: Pricilla confraterniza com os pequenos moradores do morro,...
...postura diferente da de 1994, quando soldados do Exército tinham de revistar até criançasHá onze anos na PM, a capitã decidiu seguir a carreira por influência de um tio sargento. "Ele sempre foi o centro das atenções na família e isso me contaminou", conta. "Policial é quem todos procuram para resolver os problemas." Por questões de segurança, Pricilla é bastante reservada sobre sua vida pessoal. Filha de um bancário aposentado e de uma professora, ela diz que não é casada nem é mãe. Não revela sequer o bairro onde mora. Tamanha cautela tem explicação: em setembro de 2007, sofreu um sequestro-relâmpago quando saía de carro, a poucos metros de casa. Foi espancada com socos e pontapés e levada para o interior de uma favela, de onde conseguiu escapar. "Não sei como tenho os meus dentes inteiros", afirma. "Essa experiência me deixou com mais vontade ainda de ser policial. Para a família foi assustador demais." No Dona Marta ela virou de fato o centro das atenções. De empregos a vagas em hospital, não há limite para os pedidos que Pricilla ouve na favela. Mas também sobram caras amarradas por lá. Criado na década de 40, com estimados 12 000 moradores, o lugar experimenta pela primeira vez um choque de legalidade. A PM proibiu os bailes funks e as festas que se estendiam madrugada adentro. Furtos de luz e de sinal de TV a cabo parecem estar com os dias contados. A Light aproveitou um censo feito pelo governo para tentar regularizar o Dona Marta. Das 1 900 casas, apenas 200 tinham relógio de medição. O estado estuda conceder um subsídio para diminuir o peso das tarifas nos dezoito primeiros meses. "A comunidade está muito ansiosa", afirma o presidente da Associação de Moradores do Dona Marta, José Mário Hilário dos Santos. "Vivemos abandonados aqui por quase setenta anos. É difícil pagar as contas sem um plano especial. Queremos ver o que vai acontecer." A relação conturbada entre policiais e moradores é apimentada pela presença de aliados e familiares dos traficantes que fugiram de lá. "Não temos base legal para expulsá-los. Sabemos que eles nos observam, e por isso temos de manter a vigilância", diz Pricilla. No lugar do tráfico, grande parte das ocorrências registradas no morro desde dezembro passou a ser por desacato aos policiais, consumo de drogas e brigas entre marido e mulher. "É um trabalho de paciência", explica um soldado do policiamento comunitário. "Talvez demore uma geração para a hostilidade diminuir, até que as crianças de hoje entrem na fase adulta já habituadas à presença de PMs." A economia local também teve de se adaptar. Viciados que subiam a favela em busca de drogas atravessavam a madrugada consumindo cerveja e aperitivos nas biroscas locais. "Hoje ganho cinco vezes menos", diz um comerciante que, como a maioria dos moradores, não quer ser identificado por medo de represálias. Os novos visitantes agora aparecem pela manhã, têm sotaque e muitas ideias. Na segunda-feira passada, o americano Gilbert Julian, empresário e membro de uma ONG, visitava o morro pela primeira vez. Um casebre de dois andares dividido por doze pessoas chamou sua atenção. "Fazer melhorias para a moradia delas é algo que está ao meu alcance", diz ele, que recuperou um orfanato na Geórgia, no Leste Europeu. Nos dias anteriores ao Carnaval, a favela foi muito procurada por turistas. "Eles ficam fascinados pelo horror", conta Pricilla. Já os cariocas ainda resistem a entrar no morro. "Quem quiser vir pode andar por aqui sem problema algum. Não tem perigo", garante a capitã. Beltrame confirma o dilema. "Sou muito procurado por ONGs internacionais, mas nenhuma empresa particular carioca ofereceu um projeto. Gostaria que fosse o contrário." Na nova rotina da favela, também se tornou comum esbarrar com funcionários da prefeitura e do governo estadual nos becos antes ocupados por traficantes. Um prédio de quatro andares foi erguido em apenas três meses. Outro está sendo construído logo atrás. O plano é instalar ali moradores que vivem em áreas de risco ou de preservação ambiental.Entre os moradores há muita discrição. "É claro que ter tranquilidade é melhor", murmura mais um, pedindo para não ser identificado. O anonimato é revelador: sobram dúvidas sobre a longevidade da operação. "Os traficantes não estão aqui, mas têm conhecimento de tudo que está acontecendo", afirma outro rapaz. "Ninguém sabe até quando isso dura." A dúvida é respaldada por experiências anteriores. Em 1999, a PM chegou a ficar nove meses no alto da favela. No ano seguinte, a operação se esvaziou e houve uma violenta guerra pela posse do tráfico de drogas. Em 1987, o morro já havia testemunhado duas semanas de uma intensa batalha entre duas facções criminosas. O Dona Marta voltou às manchetes em 1996, quando o cantor Michael Jackson gravou um clipe no local depois de ter negociado seu acesso com os traficantes, para perplexidade geral. Beltrame julga a experiência atual "extremamente positiva" e diz que ela não será abandonada: "A polícia está lá. Mas as outras secretarias precisam nos ajudar a melhorar as condições de vida do local. Seria ótimo vermos planos de transporte, saúde pública e esportes e lazer, por exemplo. Uma comunidade ajustada e bem-cuidada repele o crime". Desde o início do policiamento comunitário, não houve nenhum revide por parte do tráfico. Os 125 homens são distribuídos em quatro postos fixos (dois na parte baixa do morro e outros dois no alto) e um quinto grupo que patrulha as ruas. A capitã Pricilla trabalha de dez a doze horas por dia e ganha 3 200 reais – seus comandados recebem entre 1 200 e 2 000 reais. A remuneração inclui um bônus extra de 500 reais pago pela prefeitura do Rio. Houve outras recompensas. Em fevereiro, Pricilla virou personagem de um discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reinauguração de um centro profissionalizante no pé do morro. O presidente saudou a escolha de "uma mulher negra" para comandar a operação. Ela confessa que teve medo de ser vaiada naquele momento, mas recebeu aplausos dos moradores. "Foi bem legal", lembra, ruborizada. A nova rotina trouxe mudanças: ela largou a academia e corre para a praia nos poucos dias livres que lhe restaram. "Não tenho muita vaidade, mas me preocupo muito com o peso: adoro comer." Seus 60 quilos são mantidos agora com caminhadas em ritmo acelerado pelas íngremes vielas do Dona Marta. No labirinto da favela, ela se equilibra entre força e simpatia para domar um território hostil. Neste domingo (8), Dia Internacional da Mulher, Pricilla embarca para Israel, onde participará de um seminário para discutir o policiamento comunitário na América Latina. Para isso, a capitã, que tem noções de inglês e francês, recebeu aulas de espanhol. Certamente seu trabalho chamará atenção. Houve outras recompensas. Em fevereiro, Pricilla virou personagem de um discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reinauguração de um centro profissionalizante no pé do morro. O presidente saudou a escolha de "uma mulher negra" para comandar a operação. Ela confessa que teve medo de ser vaiada naquele momento, mas recebeu aplausos dos moradores. "Foi bem legal", lembra, ruborizada. A nova rotina trouxe mudanças: ela largou a academia e corre para a praia nos poucos dias livres que lhe restaram. "Não tenho muita vaidade, mas me preocupo muito com o peso: adoro comer." Seus 60 quilos são mantidos agora com caminhadas em ritmo acelerado pelas íngremes vielas do Dona Marta. No labirinto da favela, ela se equilibra entre força e simpatia para domar um território hostil. Neste domingo (8), Dia Internacional da Mulher, Pricilla embarca para Israel, onde participará de um seminário para discutir o policiamento comunitário na América Latina. Para isso, a capitã, que tem noções de inglês e francês, recebeu aulas de espanhol. Certamente seu trabalho chamará atenção.
A capitã foi convidada para a missão depois de passagens pelos batalhões de Itaboraí e Olaria. Esse último monitora o perigoso Complexo do Alemão. "Ela teve uma atuação destacada com comunidades em áreas conturbadas", explica o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, responsável pela escolha junto com o comando-geral da Polícia Militar. Chefe de Pricilla durante boa parte da carreira dela, o coronel Marcus Jardim, líder do Primeiro Comando de Policiamento de Área (CPA), afirma que a opção chacoalha as percepções sobre a PM. "Ela passa uma imagem diferente e eclética: é firme, mas também sabe ser parceira da população e manter um bom diálogo." Pricilla é a única mulher em função de comando operacional na corporação: outras seis ocupam cargos administrativos. Desde 1982, quando as mulheres entraram na PM, a participação feminina tem crescido. Hoje são 2 198 soldadas e oficiais em um efetivo de 37 391 policiais.
Fernando Lemos
Mudança de rumo: Pricilla confraterniza com os pequenos moradores do morro,...
...postura diferente da de 1994, quando soldados do Exército tinham de revistar até criançasHá onze anos na PM, a capitã decidiu seguir a carreira por influência de um tio sargento. "Ele sempre foi o centro das atenções na família e isso me contaminou", conta. "Policial é quem todos procuram para resolver os problemas." Por questões de segurança, Pricilla é bastante reservada sobre sua vida pessoal. Filha de um bancário aposentado e de uma professora, ela diz que não é casada nem é mãe. Não revela sequer o bairro onde mora. Tamanha cautela tem explicação: em setembro de 2007, sofreu um sequestro-relâmpago quando saía de carro, a poucos metros de casa. Foi espancada com socos e pontapés e levada para o interior de uma favela, de onde conseguiu escapar. "Não sei como tenho os meus dentes inteiros", afirma. "Essa experiência me deixou com mais vontade ainda de ser policial. Para a família foi assustador demais." No Dona Marta ela virou de fato o centro das atenções. De empregos a vagas em hospital, não há limite para os pedidos que Pricilla ouve na favela. Mas também sobram caras amarradas por lá. Criado na década de 40, com estimados 12 000 moradores, o lugar experimenta pela primeira vez um choque de legalidade. A PM proibiu os bailes funks e as festas que se estendiam madrugada adentro. Furtos de luz e de sinal de TV a cabo parecem estar com os dias contados. A Light aproveitou um censo feito pelo governo para tentar regularizar o Dona Marta. Das 1 900 casas, apenas 200 tinham relógio de medição. O estado estuda conceder um subsídio para diminuir o peso das tarifas nos dezoito primeiros meses. "A comunidade está muito ansiosa", afirma o presidente da Associação de Moradores do Dona Marta, José Mário Hilário dos Santos. "Vivemos abandonados aqui por quase setenta anos. É difícil pagar as contas sem um plano especial. Queremos ver o que vai acontecer." A relação conturbada entre policiais e moradores é apimentada pela presença de aliados e familiares dos traficantes que fugiram de lá. "Não temos base legal para expulsá-los. Sabemos que eles nos observam, e por isso temos de manter a vigilância", diz Pricilla. No lugar do tráfico, grande parte das ocorrências registradas no morro desde dezembro passou a ser por desacato aos policiais, consumo de drogas e brigas entre marido e mulher. "É um trabalho de paciência", explica um soldado do policiamento comunitário. "Talvez demore uma geração para a hostilidade diminuir, até que as crianças de hoje entrem na fase adulta já habituadas à presença de PMs." A economia local também teve de se adaptar. Viciados que subiam a favela em busca de drogas atravessavam a madrugada consumindo cerveja e aperitivos nas biroscas locais. "Hoje ganho cinco vezes menos", diz um comerciante que, como a maioria dos moradores, não quer ser identificado por medo de represálias. Os novos visitantes agora aparecem pela manhã, têm sotaque e muitas ideias. Na segunda-feira passada, o americano Gilbert Julian, empresário e membro de uma ONG, visitava o morro pela primeira vez. Um casebre de dois andares dividido por doze pessoas chamou sua atenção. "Fazer melhorias para a moradia delas é algo que está ao meu alcance", diz ele, que recuperou um orfanato na Geórgia, no Leste Europeu. Nos dias anteriores ao Carnaval, a favela foi muito procurada por turistas. "Eles ficam fascinados pelo horror", conta Pricilla. Já os cariocas ainda resistem a entrar no morro. "Quem quiser vir pode andar por aqui sem problema algum. Não tem perigo", garante a capitã. Beltrame confirma o dilema. "Sou muito procurado por ONGs internacionais, mas nenhuma empresa particular carioca ofereceu um projeto. Gostaria que fosse o contrário." Na nova rotina da favela, também se tornou comum esbarrar com funcionários da prefeitura e do governo estadual nos becos antes ocupados por traficantes. Um prédio de quatro andares foi erguido em apenas três meses. Outro está sendo construído logo atrás. O plano é instalar ali moradores que vivem em áreas de risco ou de preservação ambiental.Entre os moradores há muita discrição. "É claro que ter tranquilidade é melhor", murmura mais um, pedindo para não ser identificado. O anonimato é revelador: sobram dúvidas sobre a longevidade da operação. "Os traficantes não estão aqui, mas têm conhecimento de tudo que está acontecendo", afirma outro rapaz. "Ninguém sabe até quando isso dura." A dúvida é respaldada por experiências anteriores. Em 1999, a PM chegou a ficar nove meses no alto da favela. No ano seguinte, a operação se esvaziou e houve uma violenta guerra pela posse do tráfico de drogas. Em 1987, o morro já havia testemunhado duas semanas de uma intensa batalha entre duas facções criminosas. O Dona Marta voltou às manchetes em 1996, quando o cantor Michael Jackson gravou um clipe no local depois de ter negociado seu acesso com os traficantes, para perplexidade geral. Beltrame julga a experiência atual "extremamente positiva" e diz que ela não será abandonada: "A polícia está lá. Mas as outras secretarias precisam nos ajudar a melhorar as condições de vida do local. Seria ótimo vermos planos de transporte, saúde pública e esportes e lazer, por exemplo. Uma comunidade ajustada e bem-cuidada repele o crime". Desde o início do policiamento comunitário, não houve nenhum revide por parte do tráfico. Os 125 homens são distribuídos em quatro postos fixos (dois na parte baixa do morro e outros dois no alto) e um quinto grupo que patrulha as ruas. A capitã Pricilla trabalha de dez a doze horas por dia e ganha 3 200 reais – seus comandados recebem entre 1 200 e 2 000 reais. A remuneração inclui um bônus extra de 500 reais pago pela prefeitura do Rio. Houve outras recompensas. Em fevereiro, Pricilla virou personagem de um discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reinauguração de um centro profissionalizante no pé do morro. O presidente saudou a escolha de "uma mulher negra" para comandar a operação. Ela confessa que teve medo de ser vaiada naquele momento, mas recebeu aplausos dos moradores. "Foi bem legal", lembra, ruborizada. A nova rotina trouxe mudanças: ela largou a academia e corre para a praia nos poucos dias livres que lhe restaram. "Não tenho muita vaidade, mas me preocupo muito com o peso: adoro comer." Seus 60 quilos são mantidos agora com caminhadas em ritmo acelerado pelas íngremes vielas do Dona Marta. No labirinto da favela, ela se equilibra entre força e simpatia para domar um território hostil. Neste domingo (8), Dia Internacional da Mulher, Pricilla embarca para Israel, onde participará de um seminário para discutir o policiamento comunitário na América Latina. Para isso, a capitã, que tem noções de inglês e francês, recebeu aulas de espanhol. Certamente seu trabalho chamará atenção. Houve outras recompensas. Em fevereiro, Pricilla virou personagem de um discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reinauguração de um centro profissionalizante no pé do morro. O presidente saudou a escolha de "uma mulher negra" para comandar a operação. Ela confessa que teve medo de ser vaiada naquele momento, mas recebeu aplausos dos moradores. "Foi bem legal", lembra, ruborizada. A nova rotina trouxe mudanças: ela largou a academia e corre para a praia nos poucos dias livres que lhe restaram. "Não tenho muita vaidade, mas me preocupo muito com o peso: adoro comer." Seus 60 quilos são mantidos agora com caminhadas em ritmo acelerado pelas íngremes vielas do Dona Marta. No labirinto da favela, ela se equilibra entre força e simpatia para domar um território hostil. Neste domingo (8), Dia Internacional da Mulher, Pricilla embarca para Israel, onde participará de um seminário para discutir o policiamento comunitário na América Latina. Para isso, a capitã, que tem noções de inglês e francês, recebeu aulas de espanhol. Certamente seu trabalho chamará atenção.
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